terça-feira, 12 de outubro de 2010

Contradições do SWU

Muito legal a matéria sobre as contradições no SWU. Estive lá e as críticas são verdadeiras!! (Leia no link ao final do post)


O festival SWU (starts with you), que se propôs a promover a sustentabilidade, era uma excelente oportunidade de mobilizar milhares de jovens para uma causa nobríssima do porte da sustentabilidade. O que, de fato, não aconteceu.

O que vivenciei lá foram algumas ações isoladas como:

- Roda Gigante (4 ou 5 bicicletas pedaladas pelo público, que gerava energia para recarga de celulares);
- Fórum da Sustentabilidade (que contou com o envolvimento de diversos especialistas, pensadores, políticos, empresários e representantes de entidades não governamentais em 03 dias de discussões sobre o tema);
- Algumas exposições de arte isoladas;
- Incentivo ao uso de transporte coletivo para a ida ao evento, promoção e facilitação de caronas e cobrança de preços exorbitantes do estacionamento de carros (que ficava há 1,5km da entrada do show, enquanto os ônibus deixavam o pessoal na porta);

No segundo dia de evento (o único que presenciei) não tive o prazer de encontrar os tais educadores verdes e tampouco a praça de alimentação orgânica.
Não tive o prazer de ser sensibilizada para causa alguma, coisa que continuo tentando fazer por conta própria!

No quesito inclusão, nota zero. Acesso difícil, mal sinalizado e caro. Ingressos a partir de R$190,00, estacionamento de R$50,00 a R$100,00 por carro, hospedagem em Itu superfaturada e comida caríssima.

Depois dos choques iniciais de ver tanto lixo gerado, comida cara de péssima qualidade, venda de água em milhares e milhares de garrafinhas (que eles juraram de pé junto que vão reciclar), a música!

Bom....musicalmente, nota dez. Escolha muito feliz das bandas, organização impecável dos shows (pontualidade britânica - não dava tempo nem de ir ao banheiro). A única vaia aqui foi da montagem da maldita área VIP, que impedia muitos meros mortais de assistir ao show.

E pra fechar com troféu de ouro, na categoria incompetência, centenas de carros enfrentaram um engarrafamento de mais de uma hora para sair do estacionamento. A Fazenda Maeda virou uma bomba de gás carbônico. Totalmente insano, mesmo entendendo a dificuldade de se organizar um evento deste porte.


Karina Stankievich


Confira a matéria na Revista Sustentabilidade.

SWU expõe as contradições de quem vê sustentabilidade como oportunidade de marketing



quinta-feira, 1 de abril de 2010

Vídeo peruano sobre mudanças climáticas!

Les envio el video clip el cual ha sido creado y grabado por cantantes peruanos; representó a America Latina en la conferencia de la ONU sobre Cambio Climatico de Copenhague.Parece ser que ningún otro pais preparó nada y en el Peru solo Canal N lo ha propagado.
Ojala se difunda entre nosotros, en el mundo, y que nuestros gobiernos tomen conciencia del cuidado de nuestro entorno ambiental y de nuestro planeta.
Desgraciadamente en la conferencia de Copenhague NO PASO NADA!!!!!

O perigo dos pesticidas

Como as empresas transgênicas não largam seus velhos agrotóxicos, vejam só a encalacrada em que a Syngenta -- (ir-)responsável por boa parte da atrazina no mercado -- se meteu ....

Portal EcoDebate, março 3, 2010
http://www.ecodebate.com.br/2010/03/03/estudo-verifica-que-exposicao-ao-pesticida-atrazina-muda-sexo-de-ras/

Estudo verifica que exposição ao pesticida atrazina muda sexo de rãs

Estudo analisou desenvolvimento de rãs da espécie Xenopus laevis

Um estudo [Atrazine induces complete feminization and chemical castration in male African clawed frogs (Xenopus laevis)] publicado nesta semana verificou que a exposição a um pesticida comum pode levar rãs do sexo masculino a mudarem de sexo, tornando-as capaz de se relacionar com outros machos e a botar ovos viáveis.

O estudo, publicado pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, se concentrou sobre o herbicida atrazina, amplamente usado em plantações de milho e cana-de-açúcar há várias décadas.

Segundo os pesquisadores, da Universidade da Califórnia, as rãs macho expostas ao pesticida sofreram com redução de testosterona, diminuição do tamanho das glândulas reprodutoras, desenvolvimento feminizado da laringe, supressão do comportamento de reprodução, redução da produção de espermatozoides e queda na fertilidade.

Em 10% das rãs estudadas, houve uma mudança completa de sexo após a exposição ao químico. Estudos anteriores com pássaros, peixes, camundongos e mesmo rãs já haviam identificado o desenvolvimento de indivíduos hermafroditas (características de ambos os sexos) após a exposição a pesticidas, mas esta é a primeira vez que um estudo verifica uma mudança de sexo total.

Segundo o pesquisador Tyrone Hayes, coordenador do estudo, os resultados podem ajudar a explicar o declínio da população de rãs em todo o mundo.

Críticas

O estudo foi questionado pela indústria química suíça Syngenta, uma das principais fabricantes do pesticida. Segundo a companhia, outras pesquisas teriam comprovado que o uso da atrazina não traz efeitos danosos para animais ou para pessoas.

A União Europeia proibiu a atrazina em 2004, mas o químico ainda é usado em países como o Brasil e os Estados Unidos.

Segundo os pesquisadores, o pesticida é o contaminante mais comumente encontrado no solo e na água nos Estados Unidos.

A agência americana de proteção ambiental (EPA, na sigla em inglês) anunciou em outubro uma revisão dos impactos do uso da atrazina sobre o ambiente.

Desenvolvimento

A pesquisa da Universidade da Califórnia analisou o desenvolvimento de 40 rãs africanas com cromossomos masculinos, desde a fase em que eram girinos, expostas a água com uma concentração de atrazina ainda dentro do limite considerado seguro pela EPA.

Esse grupo de rãs foi comparado com outro grupo de controle, também com 40 rãs do sexo masculino, desenvolvidas em água sem nenhum traço de atrazina.

Entre as rãs desenvolvidas na água com o pesticida, 10% se tornaram “fêmeas funcionais”, capazes de copular com machos e botar ovos viáveis.

Os outros 90%, apesar de terem mantido características básicas do sexo masculino, apresentaram baixos níveis de testosterona e fertilidade.

Segundo os pesquisadores, esses machos tiveram um menor índice de sucesso na competição com outros machos não expostos à atrazina na competição pela atração de fêmeas.

Uma possível explicação para o fenômeno, segundo Hayes, é que a atrazina absorvida pelas rãs seria capaz de ativar um gene normalmente inativo em rãs do sexo masculino.

Isso produziria uma enzima com a capacidade de converter o hormônio masculino testosterona no hormônio feminino estrogêneo.