Muito legal a matéria sobre as contradições no SWU. Estive lá e as críticas são verdadeiras!! (Leia no link ao final do post)
O festival SWU (starts with you), que se propôs a promover a sustentabilidade, era uma excelente oportunidade de mobilizar milhares de jovens para uma causa nobríssima do porte da sustentabilidade. O que, de fato, não aconteceu.
O que vivenciei lá foram algumas ações isoladas como:
- Roda Gigante (4 ou 5 bicicletas pedaladas pelo público, que gerava energia para recarga de celulares);
- Fórum da Sustentabilidade (que contou com o envolvimento de diversos especialistas, pensadores, políticos, empresários e representantes de entidades não governamentais em 03 dias de discussões sobre o tema);
- Algumas exposições de arte isoladas;
- Incentivo ao uso de transporte coletivo para a ida ao evento, promoção e facilitação de caronas e cobrança de preços exorbitantes do estacionamento de carros (que ficava há 1,5km da entrada do show, enquanto os ônibus deixavam o pessoal na porta);
No segundo dia de evento (o único que presenciei) não tive o prazer de encontrar os tais educadores verdes e tampouco a praça de alimentação orgânica.
Não tive o prazer de ser sensibilizada para causa alguma, coisa que continuo tentando fazer por conta própria!
No quesito inclusão, nota zero. Acesso difícil, mal sinalizado e caro. Ingressos a partir de R$190,00, estacionamento de R$50,00 a R$100,00 por carro, hospedagem em Itu superfaturada e comida caríssima.
Depois dos choques iniciais de ver tanto lixo gerado, comida cara de péssima qualidade, venda de água em milhares e milhares de garrafinhas (que eles juraram de pé junto que vão reciclar), a música!
Bom....musicalmente, nota dez. Escolha muito feliz das bandas, organização impecável dos shows (pontualidade britânica - não dava tempo nem de ir ao banheiro). A única vaia aqui foi da montagem da maldita área VIP, que impedia muitos meros mortais de assistir ao show.
E pra fechar com troféu de ouro, na categoria incompetência, centenas de carros enfrentaram um engarrafamento de mais de uma hora para sair do estacionamento. A Fazenda Maeda virou uma bomba de gás carbônico. Totalmente insano, mesmo entendendo a dificuldade de se organizar um evento deste porte.
Karina Stankievich
Confira a matéria na Revista Sustentabilidade.
Por sinal, a palavra "consumir", do latim "consumere" (desperdiçar) etimologicamente significa exatamente "destruir, dilapidar, pegar intensivamente".
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